segunda-feira, 9 de abril de 2018

Ministro da Defesa da China, hoje, em Moscou: "Estamos aqui para que EUA saibam o quanto são próximos os laços militares que nos unem à Rússia"

4/4/2018, RT (com matéria da Reuters)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Pequim mandou uma delegação à Rússia para mostrar a Washington a unidade das forças militares russas e chinesas e o "apoio" à Rússia, nessa 7ª Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional.


O ministro da Defesa da China Wei Fenghe manifestou apoio enfático à Rússia nas conversações com seu contraparte russo, Sergey Shoigu. Destacando a "posição unificada" na arena internacional, o ministro disse que um dos principais objetivos da visita é mandar um recado às potências 'ocidentais'.

"Os chineses viemos, para que os norte-americanos vejam o quanto são próximos os laços que unem as forças armadas de Rússia e China" – disse Wei.

É a primeira viagem internacional do general Wei, desde que foi nomeado ministro da Defesa da China. A escolha do destino, nesse caso, não é coincidência, e visa a mostrar o "caráter especial" da parceira bilateral, nas palavras de Shoigu.

Antes da visita, o jornal do PCC Global Times publicou artigo intitulado "Pressão ocidental aproxima ainda mais China e Rússia." 

O artigo cita analistas que creem que o atual ambiente internacional – inclusive a histeria anti-Rússia que degrada o ocidente e a já declarada guerra comercial entre EUA e China – só reforçará a aliança sino-russa.

As duas nações têm disputas específicas contra o ocidente. A aproximação beligerante da OTAN, hoje plantada à porta dos russos já "ultrapassou a linha vermelha", nas palavras do enviado russo à OTAN Aleksandr Grushko. Ao mesmo tempo, a Rússia está em confronto com EUA e UE por causa do envenenamento do ex-agente duplo Sergei Skripal e filha, na Grã-Bretanha. O jogo dos britânicos de culpar a Rússia por envolvimento jamais provado no incidente já levou à expulsão de diplomatas.

Simultaneamente, Pequim está engajada em guerra comercial mais violenta a cada dia com Washington – disparada pelas novas tarifas que o governo do presidente Donald Trump dos EUA impôs ao aço e ao alumínio. A China imediatamente tomou medidas de retaliação, anunciando aumento de impostos sobre mais de 100 produtos norte-americanos. E a China já ameaçou mais contramedidas, no caso de qualquer novo aumento de impostos sobre produtos importados da China. 

As tensões entre China e os EUA também estão em escalada na rica região do Mar do Sul da China. A passagem de navios de guerra dos EUA próximos de ilhas cujo controle é reclamado pelos chineses naquelas águas conflagradas, tem sido frequentemente declarada "ação de provocação" por Pequim. A Marinha dos EUA insiste em frequentes operações chamadas de "Liberdade de Navegação" naquela área, com Washington em ativa oposição aos planos chineses para aumentar a própria influência na região.*******





Um comentário:

Anônimo disse...

Mas pelo o que eu vi a China está querendo todo o mar do sul da china para eles (chineses). Isso é um absurdo.