sábado, 14 de novembro de 2015

Batalha sem front




Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Ontem pela manhã, todos os jornais e canais de TV só repetiam e repetiam noticiário sobre extensos e 'heroicos' ataques de drones no Iraque e na Síria, como apoio à batalha por Sinjar. Todos falaram, sem parar, sobre o assassinato de Jihadi John. Nos disseram que alguma vingança poderia estar a caminho. Como antecipado, ontem à noite Paris foi afogada em sangue.

Bem-vindos à 3ª Guerra Mundial – conflito global com ilimitadas frentes de batalha. Nós, o povo do mundo, fomos apanhados no fogo cruzado desse desastre. Vemos o mundo desmoronando, queremos paz, mas não sabemos sequer onde está o inimigo.

Para alguns de nós a escalada recente não é surpresa. Há anos escrevemos precisamente sobre isso. Examinamos sem descanço o impacto desastroso da matriz do imorais lobbies intervencionistas sionistas-conservadores, que incansavelmente só fazem 'exigir' mais e mais conflitos.

Organizações como o Conseil Représentatif des Institutions Juives de France [Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França] CRIF, em Paris; os Conservative Friends of Israel [Conservadores Amigos de Israel],CFI no Parlamento inglês em Londres; e a Comissão para Assuntos Públicos EUA-Israel, AIPAC em Washington, todas elas só fazem clamar por escalada na guerra contra árabes e muçulmanos, exatamente como reza o plano israelense para um novo Oriente Médio.

Somos forçados a aceitar o fato de que muçulmanos extremistas estejam furiosos e que podem ferir muito fundo e em pouco tempo. A Rússia assistiu a um de seus aviões despencar dos céus, matando mais de 200 homens e mulheres inocentes que voltavam de um fim de semana. Paris padece novamente. É obrigatório perguntar: e é necessário? Temos de viver com medo, agora, para sempre? A paz ainda é possibilidade real?

O terror é mensagem que temos de compreender. Diz o quê, essa mensagem? Diz "deixem-nos em paz" – isso é o que esses terroristas homicidas nos dizem e repetem, repetem, repetem. Complicado demais para que os inteligentíssimos e espertíssimos e cultíssimos 'ocidentais' entendam? "Viver e deixar os outros viverem" – é disso que se trata. A implicação paradigmática é óbvia.

O 'ocidente' deve parar imediatamente de servir aos interesses globais sionistas e de Israel. 

Temos de pôr fim a todas as operações na Arábia e no Oriente Médio. Para que isso aconteça, e para dar à paz uma chance real, é imperativa a total oposição ao sionismo global e ao lobby israelense. 

Aqui vai uma ideia prática: na próxima vez que Bernard Henri-Levy, David Aaronovitch ou Alan Dershowitz tentarem vender novo pacote de guerras sob o rótulo de 'direitos humanos', todos devemos polidamente fazê-los saber que aprendemos nossa lição: nunca mais o mundo fará guerras por Sion. Aí, então, afinal, a paz terá chance de sobreviver.*****